sábado, 15 de novembro de 2008

Esperar

Esse esperar não cabe em meu contento
De tanto zelo faço dessa saudade delicado intento
Miro a cumeeira; ao sorver minha ânsia com uísque e gelo,
Enfeito a angústia desse olhar no espelho.
Tristeza se liquefaz salgada e amarga
Corre, desce e contorna as linhas da minha idade.
Morrem em meus lábios o destilado, a lágrima e os dedos:
Mistura que não afaga o gosto daquele beijo.

Deivisson Leão
setembro de 2008

Um comentário:

Lélia Maria disse...

para se enxergar além das marcas do tempo e o amargor da realidade, convém buscar artifícios para amenizar e (ao mesmo tempo) ampliar o olhar.