sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Temporã


O meu amor vadio, vaidoso
Feito um pavão, se abriu, curioso
Rastro, perfume,
Rabo-de-saia, luzes acesas
Cheiro de chuva temporã
Desenho doce, leve, forquilha


Gasto meu tempo, olho com gosto
E com desgosto
Deus, não tem jeito!
E com um sorriso meigo, indeciso
Lança no ar teu passar e seduz
Conduz a dança, marca no peito




Compassos fartos, curvilínea,
Pernas, estampas, flor e desejo
Sigo meu curso, rio sem rumo
E o meu amor pavão
Segue a olhar em vão
O que não pode ser meu.

Deivisson Leão
16/01/2009
18h52


Foto: Revista Trip, Abril 2006 - Mariana Nogueira